Como informei em outro post, eu ainda não sei o futuro do blog Gostos e Desgostos e nem da Biboca Chic. Mas convido a todos os amigos para visitarem o espaço que tenho me dedicado atualmente:
Guest Post : Ai se eu te pego, ai ai se eu te pego...
Tiozão das Batidas on sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
Este é o meu primeiro guest post. E a pauta surgiu quando o Rafael Cruz publicou no seu Facebook um texto meu e deu origem a um edificante debate através do sistema de comentários daquela rede social. O leitor Renan Castro, amigo do Rafael , disse "texto exageraado hein...[...]Concordo em parte. eu acho que não dá pra generalizar geração nenhuma. As pessoas são muito diferentes, tem muita gente que não sai pegando todo mundo e que não sai pra esses lugares. Na época dos nossos pais já tinha esse negócio de ficar também, não é uma novidade nossa, talvez só o verbo". Para que você entenda melhor o Renan : falávamos da pegação geral nas baladas.
Este artigo me é duplamente útil. Ao mesmo tempo em que atendo orgulhoso ao convite da Luciana Vaz para postar neste estupendo site, respondo aos comentários feitos no Face e me aprofundo no tema. Além de ser uma oportunidade imperdível de expressar idéias cuja publicação no meu site não me seria conveniente devido ao posicionamento estratégico de marketing que lá adotei.
Eis :
Rafael, Renan , é óbvio que a minha crônica é um pequeno quadro caricatural de um determinado tipo de ambiente. Mas nem por isto deixa de espelhar os costumes e o sistema de crenças de toda a sociedade. Estamos vivendo uma etapa da infindável revolução sexual que começou com a gradativa entrada da mulher no mercado de trabalho e , principalmente , com o advento da pílula anticoncepcional na década de 60 , quando a mulher pôde deixar de encarnar o estereótipo de 'rainha do lar' que se esperava dela, e passar a ter um comportamento sexual mais liberal que antes ficava restrito ao matrimônio e, obviamente , à monogamia.
A chamada Indústria Cultural que já havia transformado o Feminismo, um legítimo movimento social, filosófico e político em mera mercadoria, tratou de transformar não só o sexo , mas o ato sexual em produto de consumo. Hoje já não nos escandalizamos com as revistas Playboy e outras bem mais despudoradas explicitamente expostas em todas as esquinas do país. Já encaramos com naturalidade cenas simuladas de sexo em programas de TV para o público infanto-juvenil. Já nem percebemos que as músicas do 'hit parede' falam cada vez menos do sentimento amor e cada vez mais do ato sexual, assim como ninguém percebeu que um dos hits do momento é um pernicioso funk travestido de sertanejo universitário, hahaha!,...digam-me, o que é isto ?! :
"Nossa, nossa
Assim você me mata
Ai se eu te pego, ai ai se eu te pego
Delícia, delícia
Assim você me mata
Ai se eu te pego, ai ai se eu te pego..."
Recentemente constatei boquiaberto que a música em pauta é a mais tocada atualmente em festinhas infantis , assim como ocorreu há tempos com a 'Dança do Créu'. Sim,o invólucro cultural é cada vez mais permissivo e incentivador da precocidade da iniciação sexual, da desvalorização dos sentimentos que outrora aprendemos como nobres , e das relações rápidas, fugidias, efêmeras e transitórias. Daí a naturalidade com que a atual geração despudoradamente troca de parceiros inúmeras vezes em uma mesma noite na balada. Renan, a diferença entre a geração dos seus pais , da minha e da atual ( e novamente estou generalizando, dando graças à Deus que há exceções ) é que ficávamos com vergonha de certas coisas que fazíamos e de certos lugares que frequentávamos; a base moral era outra. Minha memória traz à tona uma reminiscência, uma frase de algum famoso que pode perfeitamente ser usada neste caso : "Só existem dois tipos de pessoas : as que gostam deste tipo de ambiente e as que mentem".
Então poderia-se dizer em defesa do atual modus operandi que ele proporciona o surgimento de uma geração menos hipócrita ? Menos hipócrita quanto à própria sexualidade ,com certeza; mas não mais feliz. Não há mais envolvimento emocional. Valoriza-se apenas o sexo, não a pessoa. A paixão, quando emerge , é imediatamente sufocada pois é tida como sinal de fraqueza . O apaixonado não raras vezes é tido como démodé ou apontado como um desiquilibrado. Vai-se então, tão alienado e infeliz como um operário em uma linha de produção, em uma busca desenfreada e frenética pela próxima boca a ser beijada e de uma genitália qualquer , no afã de se anestesiar a alma doente. Neste ponto não seria difícil traçar um paralelo com a atual escala do câncer das drogas na sociedade, mas não é este o foco do post.
Não questiono o mérito do funk como elemento legítimo de manifestação da cultura popular; muito pelo contrário, entendo que este gênero é uma maneira democrática do jovem, principalmente o da periferia, entrar para o universo musical por exigir equipamentos baratos e, digamos assim, pouca ou nenhuma técnica vocal. Não obstante, o funk também nos brindou com artistas com qualidades irrepreensíveis :
Mas como diabos chegamos a isto ? :
Levando-se em conta a imagem acima, quem em sã consciência diria que a indústria cultural não atua como cafetina , digamos, de uma parcela da classe artística e também como um elemento que influencia negativamente os incautos e inconseqüentes da Geração Z ?
Então a indústria cultural é um mal ?! Depende. Vejamos o que diz a Wikipédia :
"[...]Em todos os ramos da indústria cultural existem produtos adaptados ao consumo das massas, sendo por elas que as indústrias se orientam, tendo no consumidor não um sujeito, mas um objeto[...]"
Em outras palavras, se a bandalheira e a esbórnia chegaram à este ponto de devassidão, a culpa é da própria massa consumista, ou de parte expressiva dela , que continua agindo como um objeto inanimado à deriva sendo levado pela correnteza de interesses inconfessáveis.
Portanto, a mudança de rota é possível e só depende de cada um de nós. Faça a sua parte. Comece boicotando músicas, vídeos , realitys shows e outros programas de TV que usam e abusam da imagem e das mulheres frutas e outras bundas enquanto propagam a idéia de que palavrão é poesia e o mundo um grande bordel . Nossos filhos ainda não sabem, mas eles , ou os filhos deles , nos agradecerão.
Tiozão das Batidas, único camelô blogueiro do Brasil, administrador do blog Boteco Móvel, comedor profissional de alho cru, casado , domesticado e vermifugado. Click aqui e visite o site
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Aos amigos
Lu Vaz on domingo, 27 de novembro de 2011
Eu ainda não sei sei qual será o futuro do blog Gostos e Desgostos ou se ele tem futuro. Eu não estou dando conta de tocar 3 blogs, uma loja virtual e o retorno ao trabalho na prefeitura. Dessa forma, eu ainda estou pensando no que vou fazer.
Possivelmente, eu vou migrar alguns textos do Gostos e Desgostos para o A Vitrine 26. E o que não for compatível com o Vitrine, eu abro páginas extras de Gostos e Desgostos, dentro do Vitrine, para resumir tudo num lugar só.
A loja Biboca Chic, que também tem um blog, eu to pensando em levar para o Wordpress. É que tenho uma imensa dificuldade em lidar com o Wordpress. Mas se eu conseguir, resolvo vários assuntos numa tacada só. Primeiro que estou insatisfeita com o Tanlup, a plataforma da loja. Tb porque vou poder aceitar mais formas de pagamento se conseguir instalar a loja com blog no Wordpress, centralizando tudo e mantendo o domínio que já está bem divulgado.E não preciso blogar diariamente, só incluir umas notinhas eventuais.
É isso! Então, não estranhem se não encontrarem mais atualizações aqui no Gostos e Desgostos ou lá na Biboca Chic. Acompanhem o A Vitrine 26, que tem a proposta de destacar gente e variedades de A a Z sem depender de cronologia. Aliás, eu aceito de bom grado idéias de homenageados e acontecimentos. O objetivo não é falar de gente famosa ou notícias. Também tem isso. Mas a idéia é falar de tudo e de todos. Quando visitarem o blog, certamente irão compreender a execução e terão facilidades mil para oferecem sugestões.
Este blog é bem sucedido graças aos amigos e leitores que estão sempre prestigiando com visitas e comentários. Eu só tenho motivos para agradecer a todos por me darem o orgulho de ter alcançado muito mais do que eu pretendia quando iniciei o Gostos e Desgostos. O domínio lucianavaz.net ainda tem uns meses, portanto, o blog não vai sair do ar do dia pra noite. Só deixará de ser atualizado e muitos dos posts são atemporais.
Obrigada, obrigada, obrigada, obrigada!!!...
Luciana Vaz
A Vitrine 26 = http://avitrine26.blogspot.com/
Loja Biboca Chic = http://www.bibocachic.com/
Blog Biboca Chic = http://bibocachic.blogspot.com/
Guest Post: Julgar faz parte
Lu Vaz on sexta-feira, 14 de outubro de 2011
Por Camila Vaz
Ontem, uma amiga leu uma crônica de uma pessoa que se diz escritora e que ainda fala com toda as letras que escreve bem. Ela tentava falar sobre a vida, mas caiu nos meus ouvidos como um horóscopo mal escrito. Pensei, então, que eu, além de não escrever bem e ainda ser disléxica, poderia ,sim, fazer melhor. Não é porque sou melhor; é porque talvez eu viva melhor. Ela diz que a vida é um parque de diversões, mas não vi diversão no que ela tentou me dizer.
Em tempos de redes sociais e novas mídias fica fácil julgar alguém pela foto. Minha mãe sempre me diz: “Não julgue para não ser julgada!” Ela não sabe o que é Facebook. Podemos notar como as pessoas quase realmente são o que são. Quem são seus amigos? Eu sempre julguei as pessoas pela quantidade de amigos bons que elas têm, pelos amigos que falam a verdade.
Curtir um post não quer dizer que você seja legal ou engraçado ou que sabe escrever. Quer dizer: “Eu li o que você disse e concordo com você.” Ou então: “Ei, estou aqui lendo tudo e observando, tá?” Mas a questão não é essa. O Facebook faz parte das novas vidas e a vida antes já existia. A vida é bem mais que a metáfora da roda gigante, da montanha-russa porque isso todo mundo sabe.
Em tempos de redes sociais e novas mídias fica fácil julgar alguém pela foto. Minha mãe sempre me diz: “Não julgue para não ser julgada!” Ela não sabe o que é Facebook. Podemos notar como as pessoas quase realmente são o que são. Quem são seus amigos? Eu sempre julguei as pessoas pela quantidade de amigos bons que elas têm, pelos amigos que falam a verdade.
Curtir um post não quer dizer que você seja legal ou engraçado ou que sabe escrever. Quer dizer: “Eu li o que você disse e concordo com você.” Ou então: “Ei, estou aqui lendo tudo e observando, tá?” Mas a questão não é essa. O Facebook faz parte das novas vidas e a vida antes já existia. A vida é bem mais que a metáfora da roda gigante, da montanha-russa porque isso todo mundo sabe.
A vida é pra ter intensidade. A vida é conhecimento e ficar falando sobre ela inevitavelmente me fará escrever clichês. Mas, ué, a vida não é cheia de clichês? E quem não quer dar um beijo no português da novela? E quem não sonha com o professor Astro? Quem não acha que aquele beijo muda tudo? A vida é isso. Rotina, cotidiano, mas devemos lembrar que mesmo que vivamos o simples e o básico, tem que ter graça, humor, amor. Tem que ter a sua essência. Tem que ter suas questões e dúvidas pulsantes o tempo todo.
A vida é uma criançona. Roda gigante é só um brinquedo. A vida é ouvir uma música brega do Wando e dançar com a sua amiga na sala imitando a sua tia. A vida é gastar um dinheiro que você não podia para pular com a sua melhor amiga em um festival de rock e achar maravilhoso! A vida é pra ser vivida, ouvida e sentida. A vida é bola dividida. A vida é sua! E só saber viver com alguém que possa curtir e compartilhar com você.
Camila Vaz é atriz e humorista. Também é uma das apresentadoras do programa Blá, blá, blá do amor, na rádio Roquette Pinto.
Twitter: @camis_vaz
Facebook: http://www.facebook.com/camisvaz
Para ouvir o programa Blá, blá, blá do amor ao vivo, online, toda quinta-feira, das 20 às 21 horas, e interagir no chat:
Kabuki
Lu Vaz on
Ninguém precisou perguntar o que ela seria quando crescesse. Por iniciativa própria, a pequenina Camila decidiu, arregalou os seus espertos olhos negros, tirou do rosto uma mecha de seus tantos cachos e, com toda a seriedade, trovejou:
_ Quando eu crescer quero ser japonesa de vender pastel.
Nós os adultos achávamos gracioso o jeito da criança e tentávamos explicar:
_ Japonesa de vender pastel, Camila? Vender pastel é perfeitamente possível, entretanto, para ser japonesa só nascendo de novo, não tem jeito.
Porém, já crescida, ela nos provou que estávamos todos errados. A mulher que desabrochou já foi homem, idosa, criança, mãe, filha, madrasta, Branca de Neve, duende, boneca, patinadora, atleta, flor, ogro, perua, bicho-da-seda, garçonete, Rita Lee, Pagu, bela rainha, forte guerreiro, pobre vítima, perigosa vilã, de tudo, ainda há de ser muito mais, pois, pode ser até gueixa e ninguém há de duvidar da atriz.
Camila Vaz em Jogos de Massacre, de Eugene Ionesco.
Twitter: @camis_vaz
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Medo do cão
Lu Vaz on quarta-feira, 12 de outubro de 2011
Para conhecer a palavra cinofobia, Janaína precisou abrir o dicionário e descobrir que, desde a infância, já sabia o significado pavoroso. Grandões, pequeninos, vira-latas, com pedigree, ela nem precisava chegar perto para sentir aquele medo irracional. Um latido ao longe já soava como a marcha fúnebre.
Evitou o transtorno até amadurecer, tornar-se mãe e ouvir da filha que o melhor presente do mundo inteiro seria um Poodle Toy. Tal pedido acionou uma contagem regressiva para o dia das crianças da pequena Alice e uma bomba relógio de um tic tac insano na cabeça de Janaína. Alice recusou um gatinho amoroso e, antes de o tempo se esgotar, a mãe resolveu tentar um peixinho dourado.
Percorrendo uma avenida, Janaína entrou em colapso ao notar que dividia a calçada com o melhor amigo de um homem. Sequer percebeu o perigo que vinha do outro lado e a sua bolsa sendo tomada de assalto por um vulto fugaz. Achou que morreria quando o pastor alemão soltou-se do dono e correu arrastando a coleira. Nem se refez do susto, reencontrou o cachorro abanando o rabo. Inesperadamente, ela pegou a bolsa na boca do bicho e passou-lhe a mão na cabeça em sinal de gratidão.
O Rock in Rio começou com 24 horas de atraso
Lu Vaz on domingo, 25 de setembro de 2011
Sim, porque a noite de abertura foi no máximo um show do Elton John, que é ótimo, entretanto, uma andorinha só não faz verão.
NX Zero
A platéia ensaiou uma vaia. Isso liquida o assunto rock zero do NX. Dizem as más línguas que, a essa altura, o que bombou mesmo foi fila de lanchonete. Penso em pelo menos duas razões para a vaia não ter passado do ensaio: (1) O povo é educado e não vaia de boca cheia; (2) Não tinha público suficiente para garantir uma vaia completa.
Stone Sour
Os desbravadores do elo perdido! Ô ô ô ô, ô ô ô ô, ousadia tocar rock pesado no Rock in Rio? E não é que as guitarras finalmente apareceram na cidade do rock! Salve!
Capital Inicial
Show! E a melhor parte foi dedicar ao senado, especialmente ao Sarney, o clássico "Que país é esse", da inesquecível Legião Urbana. Dá-lhe!
Snow Patrol
Como roqueiros são ótimos patrulheiros da neve. Mas gosto não se discute e eles cumpriram a missão.
Red Hot Chili Peppers
PQP! O repertório já é hot e a presença chilli peppers total! Ainda teve batucada, tipo momento tabasco, e homenagem ao filho de Ciça Guimarães. Pacote completo: Interação, ação e reação! Valeu!
Imagem: http://primeiraedicao.com.br/
Post anterior: ô, ô, ô, ô... ô, ô, ô, ô... On the rocks!!!
ô, ô, ô, ô... ô, ô, ô, ô... On the rocks!!!
Lu Vaz on sábado, 24 de setembro de 2011
Não é festival de inverno, mas que frio infernal! Não é festival de rock, apesar de o nome Rock In Rio! A sigla RIR combina com o evento tanto quanto dois cubinhos de gelo com whisky... ou whiskey? Por enquanto só tenho certeza da grafia de Leitte com dois t´s minúsculos.
Na verdade, é fácil encontrar resposta para os uísques: um é escocês e o outro é norte-americano. Difícil é saber o que Claudia Leitte foi fazer no Rock in Rio. Sabe-se apenas que é carioca disfarçada de baiana com ego de argentino. Destilei? Ops!
É de conhecimento geral que o Rock in Rio tem edições em outros países. Mas ninguém tira do Brasil a originalidade de 116 furtos registrados logo na primeira noite e o peso do antirrock de Claudia Leitte.
Apesar de que mais lesado foi quem comprou ingresso para o Rock in Rio. De graça até injeção na testa. Mas pagar entrada para se distrair em roda gigante, tirolesa e montanha russa esperando o rock que não vem! Sorry, melhor ir para a Disney e conhecer pessoalmente o Pateta. Ou, aff, melhor esperar o carnaval e correr atrás do genuíno trio elétrico na Bahia.
Por falar em injeção na testa, Kate ou Katy Perry já faz uso de botox ou nasceu empalhada mesmo? Os olhos arregalados nem piscam, nada se mexe naquele rosto, o entusiasmo daquela expressão facial é comparável ao repertório entediante.
Vamos combinar, entre as divas, Elton John foi disparado a melhor atração da noite. O que prevalece é a História, não tem jeito. Nesse ponto, vale até a presença de uma orquestra sinfônica enriquecendo as salvadoras sessões de nostalgia.
Também seria salvador se repetissem com Claudia Leitte o episódio de Carlinhos Brown levando chuva de garrafas plásticas de água mineral, água mineral, água mineral, na edição de 2001. Sou contra a violência, porém, chuva não machuca e fica a dica de que não é o Axé In Concert.
Olhando aqui de fora, é divertido fazer o balanço do RIR. Parece que falta quase nada para balançar o Rock in Rio, só um pequeno detalhe: O Rock! Se os organizadores selecionassem na extensa programação só o que é rock´n´roll de fato fariam o festival inteiro em uma só noite e os assaltos na cidade do rock teriam terminado ontem mesmo. Bater o recorde de acabar com a criminalidade de uma cidade grande da noite para o dia, ah, não tem preço!
Sinto que quanto mais assistir a esse dito Rock in Rio, mais sentirei saudades dos anos 80. Profundo! Mas em outros tempos, o mote, até considerado maldito, era “sexo, drogas e rock´n´roll". Isso não mudou muito.
Nessa primeira noite do evento, a sacanagem foi Rihanna se atrasar horrores para a própria apresentação porque estava comemorando em festinha particular a droga do show de Katy ou Kate Perry.
Já o rock da abertura do Rock in Rio... ninguém sabe, ninguém viu. Ou foi brincar de esconde-esconde perto da roda gigante e se perdeu na imensidão de uma cidade cenográfica pretensiosamente roqueira. Ou todas as vítimas do arrastão, ocorrido na entrada do RIR pra não chorar, eram músicos e todas as guitarras foram roubadas.
Talvez o marketing do Rock in Rio tenha sido mais proveitoso do que o próprio festival. Aquele vídeo “Eu vou sem drogas por um mundo melhor” é de arrepiar, lindo mesmo! Mas, infelizmente, todo mundo sabe o quanto é difícil largar as drogas. Está aí o Restart que não me deixa mentir. Desde que alguém apertou o play não se acha mais o stop.
Aliás, como legitimidade não é o forte do evento, nessa efervescência de conotações, valeria mais a pena ter Calcinha Preta, Belo e Restart representando o mote supramencionado. E Supla fazendo um revival de Nina Hagen poderia cair muito bem nessa atmosfera.
A imagem é K. Perry vestindo um arremedo fashion e brilhante de bandeira do Brasil numa das tantas trocas de roupas, a parte mais dinâmica do show depois do beijo no rapaz de Sorocaba. Fonte da Imagem: http://weheartit.com/entry/15139273
Agradeço aos amigos do Facebook que inspiraram o post com seus comentários nos papos soltos desta tarde.
Dia da árvore e a festa dos morcegos
Lu Vaz on quarta-feira, 21 de setembro de 2011
Sem dúvida, é prazeroso conviver com o verde, as flores, os pássaros e Santos é uma cidade rica em biodiversidade. Acho fundamental
morarmos em lugares arborizados. Mas acredito que existam os tipos certos de
árvores para somar qualidade no estilo de vida urbano. No meu caso, não estou
preparada para conviver tão de perto com os morcegos ou teria escolhido uma
caverna para fixar residência.
Sei que, ao contrário da aparência, eles são praticamente inofensivos (acredito serem frugívoros). Mas, entre as
inconveniências, caminho pelo meu bairro, especialmente no final da tarde e à
noite, desviando dos vôos rasantes. Já levei asa de morcego pela cara várias
vezes e, além do susto, dói quando esbarra nos olhos. Sem falar em visitas
indesejáveis.
Já fui surpreendida
por morcego no meu quarto. É da minha natureza entrar em pânico. Peço desculpas aos morcegos. Corri, deu tempo de
fechar a porta para o bicho não percorrer o apartamento. Mas a minha expulsão do meu
próprio quarto durou o tempo que o carinha feia quis estender a visita. Não adiantou colocar vassoura atrás da porta ou bocejar bem alto para dar o sinal de que estava na minha hora de dormir. E o meu quarto, definitivamente, não é arborizado, portanto, não sei o que ele veio buscar aqui. Na realidade, eles, porque já me aconteceu duas vezes. Ou ele? Vai ver era o mesmo repetindo o passeio!
Como conviver com tamanho incômodo? Se eles estão aqui por causa das árvores, será que essas podem ser substituídas por outras que
atraiam só os pássaros cantores? Se os morcegos são originariamente parte do ecossistema aqui do bairro e adjacências, eu não sei. Só consigo notar que a população dos morcegos cresce ano a ano. Tá, eu não fiquei contando um por um, então, o exército voador pode estar mais numeroso ou simplesmente eles me a-do-ram!
Longe de mim criar polêmica com a cadeia alimentar ou despertar a fúria dos ecologistas! Além do mais, parece que os morcegos em questão só querem as frutinhas das árvores, ou seja, não representam o bicho papão, pra não dizer, tá, eles não vão me comer viva. Nem morta! Baratas também não comem gente e quem não tem pavor? É bem verdade que já acordei no meio da noite com barata voadora batendo na minha testa e não surtei. Então, coitados dos morcegos, peguei eles pra patos?
Ainda não estou com raiva, só apavorada mesmo. Eu sei que eles não me atacaram, as asas na cara e as invasões ao meu quarto foram sem querer, to sabendo. Eu que sou uma criatura super urbana meio desequilibrada e resolvi dar piti em pleno Dia da árvore.
Um elefante incomoda muita gente, muitos morcegos me incomodam muito mais, problema é meu! Os morcegos apavoram, a gente não os atormenta, eles ficam no comando. Mas se a gente mexer com eles, aí sim, eles mordem, mas por pura defesa. Daí sim, a gente invade o espaço do serviço público de Saúde para buscar tratamento anti-rábico humano por ter circulado em vias públicas no horário que é dos morcegos. E o equilíbrio natural de tudo agradece. Viva o Dia da árvore!
Um elefante incomoda muita gente, muitos morcegos me incomodam muito mais, problema é meu! Os morcegos apavoram, a gente não os atormenta, eles ficam no comando. Mas se a gente mexer com eles, aí sim, eles mordem, mas por pura defesa. Daí sim, a gente invade o espaço do serviço público de Saúde para buscar tratamento anti-rábico humano por ter circulado em vias públicas no horário que é dos morcegos. E o equilíbrio natural de tudo agradece. Viva o Dia da árvore!
As fotos são de onde eu moro. Eu sei, o verde é lindo! Precisam ver como fica animado à noite. Se quiserem fotos de baratas, eu tiro. Mas dos morcegos, não mesmo!
Biboca Chic: Colares e braceletes, um céu de vidro
Lu Vaz on quarta-feira, 14 de setembro de 2011
Biboca Chic: Colares e braceletes, um céu de vidro: Os brasileiros costumam usar a expressão teto ou telhado de vidro para designar falhas comprometedoras, geralmente de pessoas que apontam erros alheios e têm suas próprias
vulnerabilidades. Na África há quem se comprometa com a transparência de
uma corrente do bem aonde o céu é o limite... http://bibocachic.blogspot.com/2011/09/colares-e-braceletes-um-ceu-de-vidro.html
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