Caixa, me poupe!

on terça-feira, 16 de março de 2010

O banco hoje foi tenso, para ser exata, teeeeeensiiiiinhooooo. Como vocês sabem eu tenho síndrome do pânico e eventuais crises de depressão. De vez em quando, eu fico meio lerda e sonolenta. Precisei ir até a Caixa Econômica Federal resolver umas burocracias de conta salário e coisa e tal. Peguei a senha nº 479, número do prédio onde moro, e fui procurar uma cadeira. Não demorou muito, eu já estava dormindo sentada.

Eu tinha outro compromisso igualmente importante. Quando estava quase na minha vez, já era a hora da minha consulta com a "psico", a psicóloga da perícia. Tentei explicar isso a uma funcionária, que chamou o gerente. Tentamos dialogar, mas estávamos em frequências diferentes. Ele hiperativo e eu hiper troncha.

Lembro de ter contado a ele que eu estava de licença médica, numa fase ruim e com dificuldades para sair de casa. Lembro que ele me disse meia dúzia de desaforos, porém, minha cabeça zonza não conseguiu tragar tudo que ele disse em fração de segundos.

Quando ele fez uma pequena pausa para respirar, eu disse algo do tipo: Eu não sei se tenho condição de voltar amanhã. Espontâneamente, ele falava alto e gesticulava muito. Eis que ele disse em voz alta: Você quer que eu te passe na frente de todo mundo?

Não ousei olhar para trás, preferi não saber a reação das pessoas que também esperavam serem atendidas. Só consegui balbuciar, no melhor estilo "lei de gaga", que a minha intenção não era furar a fila, apenas encontrar outra solução.

Isso me incomodou bastante, pois, se o gerente tem essa natureza demasiadamente impulsiva, eu sem rivotril sou uma bomba. Não explodir, não deixar claro para todo mundo que não é do meu feitio sacanear as pessoas, fez com que eu entrasse em pânico, porém, um pânico calmiiiiiiiiiiiiinhooooooooo, zeeeeeeeeeeeeen. 

Ele resolveu escrever um bilhete para eu poder entrar na agência depois. Por mais hiperativo que ele seja, a minha senha foi chamada antes do carimbo no bilhete. Mas eu estava tão leeeeeeeentaaaaaaa que peguei o bilhete assim mesmo. E fui para a mesa do atendente.

O atendente, super simpático, me recebeu com o maior carinho e dedicação, tanto que apaziguou o desconforto provocado pelo hiper maluco. Enquanto ele preenchia as dezenas de formulários, eu fiz aviãozinho com o bilhete do gerente. Depois fiz um barquinho. Por pouco não virei mestre em origami. Quando o mister simpatia foi preencher a minha ficha, comentou que moramos na mesma rua. Distraiu-se e colocou no meu endereço o número do prédio dele. 

Lerda eu? Mesmo lendo o papel de cabeça para baixo, fui logo dizendo: 
- To mudando de banco, mas não vou mudar pra sua casa, não! Eu moro no 479!

Amanhã vou jogar o 479 no bicho!

1 comentários:

Guara. disse...

Olá Luciana,
Cheguei até aqui recomendado pelo Blogueiros do Brasil através do Facebook.
Ao visitar seu Blog esta matéria me chamou a atenção. Vivi uma porção de situações parecidas, só que do lado oposto ao seu.
Gostei dessa tua matéria e do Blog em geral.
Sucesso.
Guara.
www.seuguara.com.br

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