Síndrome do pânico

on domingo, 19 de junho de 2011

É comum me perguntarem o que a gente sente durante uma crise de pânico. Eu tenho a síndrome há 10 anos e ainda acho difícil explicar em detalhes porque são vários sintomas acontecendo ao mesmo tempo. Eu recebo muitos e-mails com curiosidades específicas sobre as crises propriamente ditas. O G1 publicou uma ilustração que esclarece bem a coisa e por isso achei interessante registrar num post:

Embora a sensação seja de morte iminente, da lista de sintomas, o único que não tenho é o medo de morrer ou ficar louca.Talvez por ter buscado bastante informação e, de alguma forma, ter conseguido enfiar na minha cabeça que isso não vai me matar. Mesmo assim, eu ainda não consigo dominar as crises. A taquicardia e todo o conjunto que ocorre é muito desgastante. E tais episódios provocam exaustão física e mental.

Mas faço questão de informar que ninguém precisa se desesperar porque teve um dignóstico de síndrome do pânico ou transtorno de ansiedade. O tratamento ajuda muito e posso garantir que ninguém fica em crise 24 horas por dia. Não vou mentir, é muito difícil lidar com isso. Mas, acredite, não passa de um problema a ser enfrentado e está longe de ser o fim do mundo. 

Os amigos também estão me perguntando quando será exibido o programa "E aí, Doutor" - da Rede Record - que vai tratar sobre o assunto e eu participo em uma entrevista. Amigos, eu ainda não sei, mas, parece que vai ser no próximo dia 21 e começa às 16 horas. Quando eu tiver certeza, aviso vocês aqui no blog. 

Aproveito a postagem para agradecer a todos que interagem através deste blog em torno de vários assuntos, inclusive, síndrome do pânico. Muitíssimo obrigada!

5 comentários:

Mary Miranda disse...

Lu, muito legal a sua exposição!

Querida, eu já tive síndrome do pânico e uma 'equipe' de transtornos, como TOC e depressão.
Em todas as situações, havia uma coisa em comum: baixa auto-estima.
O que mais me torturou foi o TOC porque, além de ter durado mais tempo (2 anos), foi o que me levou aos outros problemas supracitados.
Não digo que estou livre de todo porque há um medo latente, em quem já teve, de que volte, mas sei como lidar da seguinte maneira: desenvolvendo a auto-estima.
Ninguém é melhor que ninguém, mas também não é pior; é assim que penso e não me deixo levar por pensamentos ruins.
E é muito bom procurar profissionais em quem se confie!
Claro, além de ter pessoas com quem se possa desabafar (eu costumava 'alugar' meus familiares e amigos...).
Ótimo você trazer posts quais esses porque assim deixa pessoas que passam pelos mesmos problemas, mais à vontade para também se exporem!
Antes de nos escondermos do que nos aflige, devemos encarar de frente.
Empurrando para baixo do tapete mental, não adianta, pois problemas na vida adoram apenas uma das operações matemáticas: a multiplicação! Portanto, não subtraem jamais...


Beijos, amiga minha!
Força sempre!!!!

Mary:)

Lilian disse...

Olá querida amiga Lu,

Adorei a "aula". Muito bem explicado o assunto em questão.

Bem interessante. Passei para meu arquivo de "doenças". Grata por compartilhar.

Muitos beijos com carinhoso e fraternal abraço,
Vovó Lili

Antonio Carlos disse...

Tenho 2 amigos que tem síndrome do pânico
e não tinha muita informação sobre os sintomas.
Obrigado por postar

Gisele VasFi disse...

Lu, parabéns por divulgar a síndrome e por mostrar que há esperança. Ainda há muito preconceito e desconhecimento sobre este tipo de doença e quem nunca passou por isso em a tendencia de achar que é frescura ou fraqueza. Mas não é não.
amei a tua atitude ante o problema:"não passa de um problema a ser enfrentado". É por ai, sim.
Que Deus te ajude a superá-lo. Bjs.

Anônimo disse...

Lu, eu sofro com essa doença a muitos anos, no começo foi tudo muito horrivel, como não tinha ideia do que estava me acontecendo comigo, fui parar 12 vezes no pronto socorro achando que estava morrendo detalhe dirigindo meu proprio carro!!!cheguei a querer morar perto do pronto socorro, pois achava que assim estaria mais segura (peguei meu coração para cristo),tudo começou derrepente, do nada aos meus 44 anos, acordei com taquicardia e pronto ...como perdi meu pai e minha mãe com essa idade(meu pai faleceu aos 44 anos de idade e minha mão aos 43 anos de idade), nos primeiros 4 anos da doença eu sofri muito, eu tinha meus 2 filhos adolescentes e eles não acreditavam que eu estava doentesm, achavam que era "frescura" era assim que eles se referiam a minhas crises!! bem, minha vida nunca mais foi a mesma, pois no começo nem tv eu assistia, pois não conseguia ouvir a palavra "morte", tudo começou a melhorar qdo. uma vez cheguei ao pronto socorro e uma medica de plantão, pediu para que eu respirasse mais devagar, e assim percebi que o formigamento de todo o meu corpo foi melhorando, enfim cheguei a bater em casas dos meus vizinhos de madrugada para pedir ajuda, procurei psicologos, psiquiatras, igrejas, etc...tomei muitos remedios...e a 3 anos +/- não tomo mais remedios, convivo com as crises TODO O DIA!! Pois todos os dias eu sinto e penso (sem conseguir de imediato desviar o pensamento) em coisas que irão me matar, li muito a respeito, me informei muito, aprendi que as crises não passam de 20 ou 30 minutos etc...etc..tenho um vidro de Rivotril em gotas que raramente eu tomo 03 ou 04 gotas p/ eu dormir,Resumindo é trite dizer, mas não conseguime curar e sim conviver com o problema, me isolo sempre que posso, gosto de estar sozinha, no começo das crises o "estar sozinha" me apavorava, agora eu procuro enfrentar esse pavor. È uma doença louca, esquisita, assustadora, sem fim, somente com muita força de vontade e flexibilidade poderemos levar uma vida "aparentemente" normal.È isso...meu e-mail: npmathern@gmail.com

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