Charada

on sexta-feira, 24 de abril de 2009


Fonemas desabrochem maxixes e xaxados ou nos levem à achar graça de tudo. Achatar é tão chato, chacoalhar é bem mais divertido! Xis tem plural? Xiiiiii!!! Xis é menina precedida de artigo masculino definido singular, capaz de desacolchetar o chiste da vida que tudo pode. Até mesmo arremessar xícaras para o alto, pois, se têm asas, que aprendam a voar já no café-da-manhã! Tudo pode, inclusive, ricochetear achismos, modos de macho, bruxarias de tachos cheios, clímax, chamuscos na ponta de um incenso de haxixe, tochas olímpicas, línguas de fogo varredouras. Chuchus com ervas danadinhas, muitas abobrinhas, poucos pepinos, muito sal, charque, carne de sol e carne seca, é tudo igual? Mel é doce, enxame é mais de um, dois é bom, excesso não, afinal, quem quer cera e ferrões? Tachinhas, charadinhas, vexames solúveis - vendidos em sachês nas melhores casas do ramo, valores sem taxas adicionais, sopa de letrinhas, dislexias, e, só. Até vale uma chancela, porém, cheque em branco, assinado pelo xará e com incógnitas x ou y no lugar dos valores pode dar xilindró, meu chapa! De praxe, saque, na boca do caixa ou não, o importante é pagar pra ver ou deixar pra lá. Broches, valiosos ou chulos, às vezes espetam dedos desavisados. Mas se doer ou sangrar, não importa, nem machuca tanto assim, pois, é o charme do jogo; vida chamando para viver. Enxergar longe pode ser a olhos nus ou com visão de raio-x, se és capaz de despir sem se mexer no lugar. Chove lá fora e, com ou sem guarda-chuva cor de champagne, a chuva sempre molha, lava-pés ou dos pés à cabeça, molha. Enquanto embaralhamos as letras dos femininos e masculinos, contrários, universos de risos, devemos mesmo relaxar e gozar em algum tempo. Ou não. Ao invés de embaralhar as vistas vertendo gotas de choros queixosos, vale se expressar brochando escritos intermináveis de xeques, mates, haja chá de camomila e dicionário! Dá tempo de fazer um xixi depois de tanto chá? Quantos duros verdes tempos para amadurecer um chegará? E um nunca? Peter Pan andou xeretando por aqui? Xô, Peter Pan, isso é jogo da verdade! E a regra é clara: Perdeu a chave, o nunca chega antes do chegará, sem chance de ser diferente. Hora de jogar a toalha, assim que o "tarda mas não falha" anuncia o fim do boxe de socos no ar. No tabuleiro, jogam as brancas, afrouxem o desapertar, deslanchemos o desabotoar, o que é desabrochar? Jogam as pretas, broxar é permitido? Quem está de brancas e quem de pretas? Quem perde? Quem ganha? Pode empatar? Overdose de camomila é ducha de água fria? Embaixo do chuveiro pode fazer xixi no chão! E se for box blindado à prova de eco, ecos de chuá, chuá, chuá...? E a vida que tudo pode? Tchan, tchan, tchan, tchan! Lavemos tudo com xampu, cheiroso, faz espuma, tem até bom pra cachorro, Chihuahua, Chow-chow ou vira-latas. Mas muita profilaxia é exagero até pra xá! Usemos a broxa para sujar tudo de cores, "cores de Almodóvar, cores de Frida Kahlo, cores". Chamemos o xerife para colocar no xadrez o charlatão. Seu Aurélio, pare de remexer no caixão!




Comentários queridos trazidos do Myspace, antigo endereço desse texto:
Menina danadinha você, rsrsrsrs. Li sem dor, me diverti pra burro! Seu texto brincando com as palavras, construindo e desconstruindo, nesta armação ludica e recheada de propriedade, é pra se sorver num só fôlego e, chegar a última palavra resfolegante.
Eu confesso que já tinha bizoiado, rsrsrs, seu perfil, mas parece que pulei a melhor parte. Nada que não se conserte. Estou me compromissando a ficar de olho no seu blog e me penitenciando da falta, grave! Texto saboroso, do principio ao fim! E desculpe a minha escrita no comentário, o meu jeito meio conversa de porta de botequim tres estrelas. Tenho a mania de ser coloquial demais, e sou uma neologista nata, invento vocábulos que é uma belezura, rsrsrs. Parabéns pelo texto, que, mesmo sendo brincalhão, fala a vero! Bitokitas recheadinhas de sucesso e luz.  


Postado por Elza Fraga em abril 25, 2009 - sábado - 17:04 

Lu
estive a saborear essa prosa. preparada com arte. cuidado que se evidencia. um intricado e belo crochê literário. precioso rendado duma zelosa artesã de palavras. uma trama fonética cozida em fogo brando. pra encantar o mais exigente paladar.
agrado-me deste sabor de rosiana poesia. em nuanças pedreses. cada frase sabe gostosamente a folguedo. uma ciranda para divertir um dígrafo. uma prosa poética e consonante para ninar os sons da fala. uma carícia no véu do palato. coisa da Lu, essa amante das letras. força e luz. Z.A. Feitosa (www.feitosa.net)


Postado por Z.A. Feitosa (escritor/author) em abril 26, 2009 - domingo - 02:52

1 comentários:

Rumquatronove disse...

Oilááá,grande Lu!!! Como tá tú, belíssima? Feliz aniversário,que Deus te abençõe, sempre, sempre e que continue vc por muito tempo, trazendo luz pra eççe mundo véio sem porteira, viu?

Me diverti muito lendo o seu jogo de palavras.Poucas organizadas letras me fazem rir assim e, vc é uma das poucas "bagunceiras certinhas" que conseguem me fazer virar do avêsso,rs! T adoro,muito,muito! bjo, R.

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